Tema central, abordado pelas instituições participantes, foi o fim da violência doméstica e os meios de diminuir esses índices
Juntos, nós somos mais fortes. Foi com essa premissa que uma roda de conversa em prol dos dois anos da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, aconteceu nesta quarta-feira, dia 30 de setembro, em Mesquita. O evento aconteceu graças a uma parceria estabelecida entre o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM Mesquita) e o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM Baixada), para debater alguns aspectos importantes sobre a prevenção da violência doméstica.
O município possui, atualmente, dois equipamentos voltados especificamente para a mulher: o Espaço da Mulher Mesquitense e o CEAM. “Mesquita tem apoiado suas coordenadorias e isso é visível, porque o trabalho tem sido feito. Principalmente quando observamos os equipamentos voltados para o público feminino. Eles dão dignidade e autoestima para as moradoras da cidade”, ressalta a coordenadora do CIAM Baixada, Sônia Lopes.
Segundo Silvania Almeida, coordenadora de Políticas para Mulheres de Mesquita, revela que isso só é possível porque tudo é feito em rede. “Nós recebemos apoio de diversos setores, como a saúde e a educação. E isso, gradativamente, fortalece o nosso vínculo com as mulheres do município e permite que elas estejam dentro dos nossos equipamentos, se fortalecendo e se informando”, explica.
Patrulha Maria da Penha
Desde 2019, a Patrulha Maria da Penha trabalha no acompanhamento a mulheres que foram ameaçadas e tiveram medida protetiva contra o agressor expedida pela Justiça. Essa é uma equipe especializada da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
Para os agentes do grupamento, a desinformação é o maior inimigo das mulheres. “As pessoas dizem que esse é um tipo de violência que cresceu nos últimos anos. E, no entanto, isso não é verdade. Nós tivemos apenas um número maior de mulheres denunciando, porque veem que o serviço funciona e que estamos trabalhando de forma integrada para protegê-las”, explica o Sargento Wagner, da Patrulha Maria da Penha da Baixada.
A Cabo Suellen, que também é policial ativa na Patrulha, concorda. “Trabalhamos com as mulheres que já têm a sua medida restritiva e, muitas vezes, vemos que elas só tiraram a coragem de denunciar por causa de órgãos como o CIAM e o CEAM. Principalmente por causa do atendimento psicológico que é oferecido nesses lugares”, analisa.
Monções especiais
A subsecretária municipal de Assistência Social, Erika Rangel, esteve no evento para entregar as honrarias aos policiais. E aproveitou para elogiar o serviço que vem sendo feito no Estado.
“Não tenho dúvida que essas parcerias só agregam. Esses policiais são anjos que guardam a vida dessas mulheres vítimas de violência. Se não fosse por eles, tenho certeza que estaríamos muito mais atrás nessa luta pela diminuição do índice de violência doméstica”, diz.
Para representar Mesquita, durante a roda de conversa, estiveram presentes a ativista trans Laura Mendes, que faz parte da própria Coordenadoria de Diversidade Sexual de Mesquita; a coordenadora de Gestão Pública, Aparecida Passos; e a Guarda Municipal e coordenadora da Ronda Escolar, Paula Arruda.