Método que usa imaginação para o desempenho de tarefas será aplicado em aulas de Matemática
Professores de Matemática da rede municipal de Mesquita estão aprendendo a jogar RPG, sigla em inglês para role-playing game, que traduzido para o português significa “jogo de interpretação de papéis”. No jogo, os praticantes criam personagens imaginários, que precisam vencer desafios dentro um mundo também fictício.
A atividade faz parte do Grupo de Estudo, Pesquisa e Formação (GEPEF), uma iniciativa do governo através da Secretaria de Educação de Mesquita (SEMED), para a capacitação dos profissionais da rede. Na formação, os docentes aprendem novas técnicas para tornar o trabalho dentro de sala de aula mais eficaz.
As aulas de RPG foram ministradas por alunos do curso de Engenharia Química do SENAI/CETIQT, convidados pelo professor da rede municipal de Mesquita, Luciano Roberto. Para jogar RPG, é preciso de alguns dados, livro de regras e muita imaginação. A partida é composta por jogadores e um mestre, que dará os desafios para que os participantes sigam na história. Em sala de aula, o mestre é o professor, que insere o conteúdo da sua disciplina na forma de desafios, para que os alunos prossigam na história. “Nosso objetivo é atrair os alunos para o universo encantador da Matemática. Através do RPG, deixamos de seguir o modelo de educação padronizado e alcançamos uma das propostas do GEPEF, que é a adoção de novas práticas inovadoras e de baixo custo”, disse.
Ao todo, 18 professores participaram da atividade. De acordo com a coordenadora do GEPEF de Matemática, Ana Maria Vianna, o RPG foi adaptado para ser aplicado entre os alunos do Ensino Fundamental. “Recebemos a proposta com muito entusiasmo. O RPG é um jogo colaborativo, onde todos precisam interagir para que o grupo siga na história. Essa é mais uma ação dentro da nossa formação que traz práticas interessantes, onde a partir de novos caminhos, possamos fazer com que a aprendizagem da Matemática seja prazerosa”, destacou.
Matheus Campos foi um dos universitários que ofereceu a aula de RPG em Mesquita, na companhia de Leonardo Sabbadin e de Clara Pinheiro. “O RPG foi inserido no nosso curso de graduação, pois jogávamos nos intervalos e os professores passaram a usar a metodologia nas aulas do curso de Engenharia Química, como forma de passar o conteúdo e a avaliação. Como deu certo lá, o professor Luciano nos convidou para ensinarmos o jogo aqui no GEPEF de Matemática”, explicou.
Professor na Escola Municipal Roberto Silveira, Jacson Corrêa, contou que vê no RPG mais uma possibilidade de dar aulas diferentes e despertar o interesse dos alunos para a matéria. “Esse é o meu primeiro contato com o jogo, mas vejo aqui um leque de novas possibilidades. O RPG é muito interessante e vai exigir muita concentração, principalmente quando inserirmos equações e expressões para serem resolvidas dentro do jogo”, afirma.