Cidade foi a primeira da região a participar a iniciativa organizada pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento
Moradores de Mesquita tiveram a oportunidade de fazer reclamações, solicitações e tirar dúvidas sobre os serviços prestados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e pela Concessionária Ceg (Naturgy) numa edição do “Ouvidoria Itinerante”, que aconteceu nessa terça-feira (22/01), na sede do Procon, com o apoio da Prefeitura Municipal e da Ouvidoria Geral do Município. Treze ocorrências foram registradas durante o atendimento especial, realizado pela primeira vez na região, cuja iniciativa do projeto é da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa), órgão que regula e fiscaliza as companhias.
Todos os clientes receberam um número de protocolo correspondente à solicitação para acompanhamento, sendo o abastecimento precário de água o tipo de reclamação mais registrado.
“A ação de hoje reforça o trabalho de mediação que a gente já tem feito cotidianamente para tentar aproximar os moradores da cidade das empresas concessionárias, de forma a agilizar a solução de problemas que venham a ocorrer e também de orientação e esclarecimento da população”, explicou Gustavo Brandão, presidente do Procon.
Responsável pela ação, Maria Clara Canedo, ouvidora da Agenersa, falou sobre a importância do projeto. “É uma forma de nos aproximarmos do público. Essa ação é para que a Agência Reguladora se torne conhecida da população e que nós possamos ouvir as reais necessidades dos consumidores”, destacou.
Morador da Rua Toneleiro, na Chatuba, José Jorge, de 53 anos, esteve no local com mais cinco vizinhos para falar sobre o abastecimento de água no bairro. “A água só chega através de uma bomba que nós mesmos compramos. Tivemos que fazer um investimento do nosso próprio bolso para ter água em casa. Tem moradores até hoje sem água encanada, vivendo da água da cachoeira que tem aqui perto porque a água não chega no morro”, reclamou o agente de segurança.
Outro caso veio do bairro Rocha Sobrinho. A dona de casa, Maria do Socorro de Assis, de 67 anos, foi à Ouvidoria Itinerante para resolver uma questão no hidrômetro. “Viajei um mês e sempre paguei a conta de água em torno de R$ 60. Agora a conta veio absurda! Quase R$ 280. Vim para esclarecer essa situação”, enfatizou.
A ouvidora da Cedae, Andreia Reis, esteve na ação, acompanhando todos os casos relatados pelos clientes, e antecipou o projeto da empresa para melhorias no abastecimento da cidade. “A Cedae tem feito um forte investimento em toda a Baixada Fluminense, e Mesquita, é com certeza uma de nossas prioridades. São R$ 3 bilhões investidos para melhorias no fornecimento de água. Até o fim de 2019, toda Mesquita estará com abastecimento de água regular”, afirmou. E em relação ao caso da Dona Maria do Socorro, informou: “vamos fazer uma vistoria no hidrômetro e rever as contas dela”, disse.