Verificação, instrução e tratamento de locais onde as larvas do mosquito poderiam se desenvolver aconteceram nesta quinta-feira, dia 1º de novembro
O verão só começa no fim de dezembro, mas a preocupação com os problemas que as chuvas intensas e a alta temperatura trazem já começam a preocupar a equipe de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita. Para diminuir as chances de uma epidemia de dengue, zika, chikungunya ou febre amarela afetar a cidade, um grande mutirão percorreu as ruas da Chatuba na manhã desta quinta-feira. Com 120 homens em ação – que ainda contaram com o auxílio da Defesa Civil do município –, cerca de quatro mil casas foram visitadas pelo grupo.
“Já tem bastante gente que sabe o que fazer e, principalmente, se cuida para não se arriscar. Mas, infelizmente, ainda é grande o número de pessoas que deixam recipientes com água parada destampados, não colocam terra no prato do vaso da planta e não se preocupam em cobrir as caixas d’água”, lamenta Sérgio Vigas, diretor do Departamento de Vigilância Ambiental, Sanitária e Zoonoses de Mesquita.
Durante o mutirão, a equipe verificou, instruiu e tratou locais onde as larvas de mosquitos podem se desenvolver. Além disso, algo que agradou a população visitada foi que caixas d’água descobertas receberam uma proteção de lona, para impedir a passagem de qualquer inseto para dentro.
“Alguns munícipes até têm tampas, mas nem todas são seguras e vedam por completo a passagem. Então, quando constatamos a necessidade, reforçamos também essa proteção com a lona. O maior foco agora é tentar evitar uma epidemia. Mas, para isso, o povo tem de seguir nossas instruções”, avisa Flávio Perrota, gerente de risco biológico e não biológico da Vigilância Ambiental de Mesquita.
Foi este o caso de dona Rachel Valentim, de 67 anos. Ela já mora há 45 anos na região e agradece quando recebe a visita da equipe de Vigilância Ambiental. Sua caixa d’água estava com uma tampa, mas para evitar que qualquer falha no encaixe pudesse favorecer a algum mosquito depositar larvas no espaço, o técnico da prefeitura achou mais prudente cobrir também com a lona. “O bom é que é de lona, dura mais. Esse é um trabalho importantíssimo, até porque é coletivo. Não adianta só eu me cuidar, porque o descuido de qualquer vizinho pode prejudicar a minha saúde”, valorizou ela.
Trabalho contínuo
Todos os dias, a equipe do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental de Mesquita se divide entre os diversos bairros da cidade para um trabalho contínuo de controle do vetor. Nos mutirões, porém, a equipe inteira se juntará para promover uma grande mobilização em uma área específica. Em função do risco elevado, na comparação com outros bairros do município, a Chatuba foi escolhida para dar o primeiro passo nessa intensificação de ações.
Escolas de Mesquita recebem palestra sobre dengue
Os alunos da Escola Municipal Maria Dolores de Melo Porto, localizada na Chatuba, receberam na quarta-feira, dia 31 de outubro, equipes da Estratégia Saúde da Família Walter Borges, que realizaram uma atividade de conscientização sobre a dengue. A atividade foi realizada para os 340 alunos do 1º ao 5º ano, matriculados na unidade de ensino.
De acordo com informações do setor de epidemiologia, a Chatuba é o bairro com o maior índice da doença. E com a chegada do período de chuvas, a proliferação da dengue é maior e com isso, as unidades de saúde da região estão atuando nas escolas, de forma que os alunos se tornem multiplicadores das informações. “Precisamos acabar com os criadouros do mosquito. Por isso, mostramos através de uma animação que qualquer lugar que acumule água limpa, pode se tornar um verdadeiro perigo para a comunidade”, afirmou a enfermeira Rosane Braga. O trabalho continuará sendo desenvolvido nas demais escolas municipais da região.
O diretor da escola, Rodrigo Araújo, comemora a parceria com o posto de saúde. “Esse trabalho em conjunto tem oferecido ações muito proveitosas para a comunidade escolar. O impacto está sendo positivo para todos, uma vez que fomenta o desenvolvimento da responsabilidade mútua quanto à prevenção da dengue, levando os alunos a entenderem que combater o mosquito não é responsabilidade somente do poder público, mas de toda sociedade”, destacou.