Equipe de Saúde fará trabalho de conscientização para a população na policlínica municipal nesta segunda, dia 28
A Secretaria de Saúde de Mesquita prepara para a próxima segunda-feira, dia 28, uma ação de prevenção e combate à hanseníase na cidade. As atividades acontecerão na Policlínica Municipal Celestina José Ricardo Rosa, na Avenida União 676, no bairro Santa Terezinha, onde funciona o programa de combate à hanseníase no município. A iniciativa marcará a comemoração pelo Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o último domingo do mês de janeiro. E desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a hanseníase.
A partir das 9h, a equipe do programa de hanseníase de Mesquita estará no térreo da policlínica municipal e também na Avenida União, informando os mesquitenses sobre os sintomas e o tratamento. Pessoas com manchas sugestivas poderão ser atendidas por um dermatologista hansenólogo – com especialização em hanseníase.
“Hoje, temos 21 pacientes em tratamento na cidade. Mas, por ser uma doença silenciosa, é possível que tenhamos doentes não diagnosticados no município e, consequentemente, sem tratamento. É importante que as pessoas se informem sobre os sintomas e o diagnóstico porque, quanto antes se começa o tratamento, menores são as chances de transmissão e de sequelas”, alerta Kátia Almeida, coordenadora do Programa Municipal de Controle de Hanseníase de Mesquita.
Segundo Kátia, o primeiro sintoma da hanseníase é justamente o aparecimento de manchas que não coçam, não ardem e não doem. Exatamente pela falta de sensibilidade na área, muitas vezes sequer são notadas pelos pacientes. “Algumas pessoas veem e acham que se tratam de manchas causadas pelo sol. As de hanseníase não têm sensibilidade, ou seja, se alguém espetar uma caneta ali, o paciente não sente que está sendo tocado”, exemplifica Kátia. Mas as consequências da doença podem ir além dessas manchas. “O bacilo de Hansen pode se alojar em um nervo e causar atrofias e até deformidades em pés, mãos, olhos, nariz, céu da boca e outras partes do corpo. A hanseníase tem cura, mas as sequelas que ela pode deixar não têm”, explica a coordenadora do programa de hanseníase de Mesquita.
A hanseníase é transmitida pelas vias aéreas superiores, ou seja, pela tosse, fala, espirro, etc. O tratamento dura de seis meses a um ano, mas já a partir de 72h do início a maioria dos pacientes deixa de transmitir a doença. O Programa Municipal de Controle de Hanseníase de Mesquita funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Policlínica Municipal Celestina José Ricardo Rosa. O atendimento para hanseníase é realizado tanto para os pacientes encaminhados por unidades de saúde da cidade quanto para os que procuram o espaço por conta própria. Confirmado o diagnóstico, o tratamento é iniciado e pode, dependendo do caso, ser realizado na unidade de saúde que já atende o paciente, com doses supervisionadas pela equipe do programa.