Verificação, instrução e tratamento de locais onde as larvas do mosquito se desenvolvem aconteceram em todos os bairros da cidade
Se depender da Secretaria Municipal de Saúde, o Carnaval em Mesquita será livre de riscos de dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. Depois de promover uma série de mutirões de combate aos vetores do mosquito aedes aegypti, desde o último trimestre do ano passado, os agentes de combate a endemias passaram o sábado, dia 23 de fevereiro, em visitas domiciliares, tratando os depósitos com possíveis focos de larvas, cobrindo com lona as caixas d’águas sem tampas e eliminando objetos que ficam expostos às chuvas. As atividades ocorreram em todos os bairros do município e alcançaram cerca de 3 mil famílias mesquitenses.
“Nossa principal preocupação foi garantir que os imóveis que ficarão fechados durante o feriadão, com as famílias em viagem, estejam livres de possíveis focos de larvas. A gente faz a nossa parte, mas é fundamental o engajamento de toda a população nesse tipo de movimento, porque só o controle eficaz dentro e fora das casas pode realmente diminuir os riscos de uma epidemia na cidade”, explica Sérgio de Carvalho Vigas, diretor do Departamento de Vigilância Ambiental, Sanitária e Zoonoses de Mesquita.
Agente de combate a endemias em Mesquita desde 2003, Nelci dos Santos Vieira, de 48 anos, visitou residências e estabelecimentos do bairro BNH. E, de maneira geral, ele gostou do que viu. “Muitas pessoas já têm ciência do que é preciso fazer e já fazem tudo direitinho”, disse. Esse é o caso do aposentado Arlindo Moraes, que tem 61 anos e mora no BNH. “A equipe sempre vem aqui, quase sempre é o próprio Nelci mesmo. Eu não tenho plantas, então a verificação na minha casa é basicamente em ralos e na caixa d’água”, comentou Arlindo, que teve seu empenho em manter as larvas longe de casa parabenizado.
Mesmo quando não encontra qualquer possibilidade de foco de larvas, Nelci costuma pedir que os mesquitenses realizem os 10 Minutos Contra o Aedes, projeto idealizado com base no conhecimento científico dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e inspirado em uma estratégia de controle do aedes aegypti adotada em Cingapura, na Ásia. A ideia é fazer a população agir uma vez por semana na limpeza de criadouros, impedindo que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta – o ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias.