Dentro das comemorações, as unidades de atenção primária da cidade vêm fazendo atividades para falar sobre a temática
O mês de agosto é lembrado por algumas campanhas. Uma delas é o Agosto Dourado, que busca a conscientização sobre a importância do aleitamento materno. Dentro das comemorações, as unidades de atenção primária de Mesquita vêm fazendo atividades para abordar a temática. Na última terça-feira, dia 23, foi a vez da Clínica da Família Banco de Areia realizar uma pequena mudança na programação de atendimentos. Durante a manhã, as gestantes e puérperas da unidade aprenderam os cuidados relativos à gestação e ao período pós-parto.
Ao som de músicas tranquilas, as mulheres se sentaram em cadeiras, organizadas em um grande círculo. Depois disso, a gestora da clínica deu início à ação, explicando sobre a data, que carrega a cor dourada para representar o ouro, em referência à alta qualidade do leite materno. “Muitos acham que não é importante. Mas é uma das melhores coisas que podemos oferecer a eles nesse momento. Se você observar, todo bebezinho que mama só no peito tem uma saúde diferente”, ressalta Vanessa Bispo, que contou com o auxílio da equipe de saúde bucal da unidade, uma área importantíssima nessa fase da gestação e do aleitamento.

Em seguida, a palavra ficou com a equipe do NASF, o Núcleo Ampliado em Saúde da Família. O grupo é composto por profissionais de fisioterapia, psicologia, odontologia, fonoaudiologia, assistência social e nutrição. No que diz respeito à parte nutricional, os benefícios da amamentação no sustento dos recém-nascidos foram o foco do assunto.
“Esse leite é suficiente para a nutrição, para o ganho de peso e para a hidratação. Com ele, a probabilidade do bebê ter cólicas é menor, porque o intestino — o trato gastrointestinal — é preparado para metabolizar esse alimento. Os outros leites, embora hidrolisados, são fabricados. Então, às vezes tem um pouco mais de açúcar e pode não ser compatível com a flora intestinal do bebê”, explica a nutricionista do NASF, Renata Costa .
Para descontrair um pouco, a equipe propôs uma dinâmica que envolvia a utilização do paladar. As mulheres teriam de provar algumas papinhas caseiras e adivinhar os sabores junto com os ingredientes usados no preparo. A partir da fisioterapia, também foi abordada a questão da correção postural. Por fim, o encerramento da ação foi marcado por um momento de confraternização com café da manhã.
Clínica da Família São José
Já na manhã desta sexta-feira, dia 26, as gestantes, puérperas e lactantes atendidas pela Clínica da Família São José, em Santa Terezinha, tiveram a chance de adquirir os aprendizados. Em um espaço reservado no pátio, paredes foram ornamentadas com balões, corações dourados e fitilhos. Lá, foram tratados assuntos relacionados ao bem-estar da mãe e do bebê.

Além disso, em uma sala logo ao lado, acontecia uma pintura artística criativa nas barrigas das gestantes. “Eu também sou enfermeira obstetra. Como conseguimos captar um grande número de gestantes, achei legal trazer. Talvez a gente continue fazendo isso na unidade, porque tem gestante nos procurando, dizendo que quer fazer também quando estiver com a barriga maior. Acredito que esse trabalho proporciona um momento de diversão nesse período em que as mamães costumam ficar um pouco nervosas e também ajuda a criar laços entre nós e elas”, argumenta a coordenadora da clínica, Anne Caires.
A mesquitense Elenita de Oliveira, de 30 anos, não perdeu a oportunidade de ganhar um desenho na barriga. Grávida de sete meses, ela tenta conter a empolgação para o grande momento. “Como essa é a minha primeira vez, eu não sabia de muita coisa. Hoje, consegui ter uma noção maior de algumas coisas. Curiosidades sobre como dar o leite, como segurar a criança, foi muito bom. Vim para a palestra e ainda fui convidada para receber a pintura. Eu amei”, expõe ela, que está esperando uma menininha.

Dentro da temática principal, Anne ainda pontua que o aleitamento materno é recomendado até, pelo menos, os seis meses de vida do bebê. Mas pode se estender até o segundo ano de vida, ou até mais. “Esse é o tempo ideal. Além de trazer benefícios aos pequenos, a amamentação com o leite da mãe pode ser uma alternativa de economia de gastos para os pais. Mas a partir dos seis meses, com a consulta médica e de puericultura, elas podem começar a implementar as papinhas”, complementa.