Evento da Prefeitura de Mesquita com o Governo do Estado do Rio aconteceu na última sexta-feira, dia 17 de março
Unir forças para crescer. Esse foi o lema da Primeira Conferência Livre Municipal de Tuberculose de Mesquita. O evento aconteceu das 8h às 17h na última sexta-feira, dia 17 de março, na Primeira Igreja Batista de Mesquita, no Centro. A programação contou com a presença de várias autoridades no assunto e temas sobre a atuação das equipes de saúde no tratamento dos casos de tuberculose.
A abordagem principal foi na transmissão vertical e a coinfecção da tuberculose. A iniciativa foi da Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita junto com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a atividade contou com o apoio da ODS Municipal, do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e da sociedade civil, entre outros. Para participar da conferência, foi necessária uma inscrição antecipada.
“Em alguns anos, já estivemos entre os dez primeiros municípios do estado com maior incidência de tuberculose. Só que, com políticas públicas voltadas a esse setor, conseguimos mudar esse cenário. Primeiro, através de uma captação dessas pessoas e, depois, com uma abordagem assídua neste trabalho. Ao longo dos anos, então, constatamos uma redução na taxa de mortalidade por tuberculose”, pontua o secretário municipal de Saúde de Mesquita, Dr. Emerson Trindade. Ele ainda analisou alguns impasses no trajeto, como a evasão dos pacientes no processo de tratamento, e apresentou medidas tomadas.

Outro ponto abordado foi a importância da legitimação e do fortalecimento do trabalho pelos equipamentos relacionados, como é o caso da Assistência Social. “Quando o assunto é esse, o setor principal é a saúde. Mas nós também temos um papel importante, que é o de acompanhar essas pessoas e conversar constantemente com elas. Com isso, podemos incentivá-las a continuar o tratamento e inspirá-las a fazer o mesmo com outros”, diz Nara Cristina Lucena, subsecretária da pasta em Mesquita.
Ao longo do dia, alguns temas que tiveram vez foram: “O Brasil de amanhã depende de nós. Tuberculose, não!”, “O nosso Rio de Janeiro não pode ser o 1º no ranking nacional de óbitos por tuberculose” e “A parceria do Governo e a Sociedade Civil é o segredo do sucesso da política pública”.
“Trabalhar com tuberculose é uma luta diária e a gente não consegue lutar sozinho. Precisamos de muita gente ao nosso lado, de vários setores. Então, esses espaços são essenciais para estarmos mais próximos uns dos outros. Enquanto gerência, temos nos fortalecido para trazer esse apoio mais próximo. O projeto vem com uma gama de atividades importantes para linkar a assistência a esses casos”, explica a sanitarista e coordenadora estadual do Programa de Controle de Tuberculose, Ana Carolina de Souza. Ela estava representando a Coordenadoria Estadual de Tuberculose.

O que é a tuberculose?
A tuberculose é uma doença que afeta principalmente os pulmões. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a maioria das pessoas infectadas com a bactéria não apresenta sintomas. Quando aparecem, geralmente incluem tosse, perda de peso, sudorese noturna e febre. O tratamento nem sempre é necessário para pacientes assintomáticos. Já os que têm sintomas manifestos precisam de um longo tratamento com vários antibióticos.