Atividades começaram na quarta-feira e já foram promovidos fórum e exibição de documentário para conscientizar sobre o tema
A Prefeitura de Mesquita promoveu na última sexta-feira, dia 29 de novembro, um fórum de abertura dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulheres”. A ação aconteceu no Centro Cultural Mister Watkins e fez parte das atividades pelo período de conscientização sobre a problemática da violência contra as mulheres – que começou no último dia 20 e se estenderá até o dia 11 de dezembro na cidade. Além disso, nesta segunda-feira, dia 2 de dezembro, a Secretaria Municipal de Assistência Social promoveu também uma roda de conversa, no prédio da prefeitura, que foi precedida de uma exibição de documentário produzido pelo governo estadual em 2010, ou seja, quatro anos depois da criação da Lei Maria da Penha.
“Nós vemos os números de casos aumentando e isso é preocupante, é claro. Mas há uma outra visão sobre essa questão: quanto mais denúncias forem realizadas, mais registros oficiais teremos. Com isso, no entanto, temos chances de impedir que algumas vítimas de violência se tornem estatísticas de vítimas fatais”, avalia Erika Rangel, secretária municipal de Assistência Social de Mesquita.
Participações especiais
A ação contou com a participação de representantes do governo do estado e da delegada Monica Areal, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Nova Iguaçu. Durante o evento, o público assistiu a uma palestra ministrada pela terapeuta ocupacional Ana Carolina Basso, professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Na conversa, Carolina frisou a importância da denúncia contra o agressor. E reconheceu que fatores costumam fazer com que as mulheres não tomem uma atitude.
“Existem diversos motivos que fazem algumas mulheres não terem coragem de denunciar a violência doméstica que sofrem. Um deles pode ser a dependência financeira. Mas a questão emocional também é extremamente forte. Seja por amar o companheiro, pela carência afetiva ou pelo medo de como será encarada pela sociedade”, enumerou.
Diálogo é fundamental
Anfitriã, a coordenadora de Políticas para Mulheres de Mesquita, Silvânia Almeida, instruiu o público presente a combater a violência contra mulheres em todas as esferas. “Precisamos falar sobre isso, promover debates. Esse é um problema que precisa ser falado em casa, na instituição religiosa, enfim, em todos os ambientes. Só assim, a partir de muito diálogo, conseguiremos mudar essa história”, disse ela, que contou com a participação da Dra. Maria dos Anjos Camardella, a primeira mulher delegada de polícia da Baixada Fluminense, que foi moradora de Mesquita, no fórum de sexta-feira.