Instituto Estadual é responsável pelo sistema de represamento das águas e afirma que ele não tem riscos de ruptura
A Defesa Civil Municipal de Mesquita se juntou a de Nilópolis e a representantes do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para debater as condições de segurança da Barragem de Gericinó. O encontro aconteceu na sede do instituto, no Centro do Rio de Janeiro.
Na reunião foram esclarecidas dúvidas sobre a operação, fiscalização e a situação real da construção. “O INEA se comprometeu a enviar um plano de segurança até o final do ano. Porque por lei eles precisam enviar esse plano para todos os municípios, por onde passa a barragem. E inclusive eles vêm pedir umas informações nossas do nosso Plano de Contingência para uma possível evacuação caso aconteça uma ruptura. Falamos isso, claro, no plano hipotético. Então nós vamos fornecer algumas informações técnicas para eles para que concluam o plano de segurança da barragem”, sintetizou Alex Cruz, diretor de Minimização de Desastres da Defesa Civil do município de Mesquita. Segundo Cruz, o INEA ainda prometeu para este primeiro semestre recolocar a comporta da barragem, que havia sido retirada.
A Barragem de Gericinó é um sistema composto por duas estruturas: uma no Rio Sarapuí e outra no Rio Pavuna, nos municípios de Mesquita e Nilópolis. Ele foi erguido na década de 90, depois de inundações que atingiram a Baixada Fluminense, à época. A função do sistema é controlar o fluxo de água para evitar as cheias.
Neste encontro foi criado um grupo de trabalho com participação de técnicos da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Departamento de Recursos Minerais (DRM) e Secretaria de Estado de Defesa Civil (SEDEC) para dar respostas em 90 dias sobre a atualização do diagnóstico das barragens do Estado, a revisão de normas e a realização de ações de fiscalização. Uma Inspeção de Segurança Regular nas estruturas de todas as barragens do estado, também será concluída neste mesmo prazo.
De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a última avaliação foi realizada em dezembro de 2018, e não detectou anomalias que afetem potencialmente as condições de segurança e de operação da barragem, e o seu estado de conservação, afastando o risco de rompimento. O INEA emitiu nota de esclarecimento com este parecer.